Abel Braga está de volta ao Inter, agora em outra função. Depois de salvar o clube do rebaixamento como treinador, o ídolo colorado de 73 anos foi apresentado oficialmente como diretor técnico em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, no Beira-Rio. Com contrato até o fim de 2026, o novo dirigente comentou a contratação do técnico Paulo Pezzolano, anunciada hoje, e as obrigações na nova função.
Abel reconheceu que o "ficha um" para o cargo era Tite, que fechou com o Cruzeiro. Antes mesmo de ser confirmado como dirigente do Inter, Abelão teve uma conversa com Tite e fez o convite para assumir o clube a partir de 2026. Diante da negativa do ex-treinador da Seleção, a direção colorada foi atrás de Paulo Pezzolano e fechou a contratação do uruguaio.
– Só não posso te falar a conversa que eu tive com o Tite, óbvio. Mas, quando surgiu o nome, foi um consenso de todo mundo. Mas, o homem Tite, o treinador Tite, o caráter do Tite, ele foi muito claro, muito gentil, é um amigo que eu tenho uma admiração muito grande. Ele sempre me colocou de forma muito clara: "Olha, eu estou apalavrado com um clube". Na primeira vez que falamos – explicou Abel.
– Então, você começa a entender que as coisas estão começando a caminhar de um pouco diferente. Eu, o presidente, o (diretor Felipe) Dallegrave, o Caco (Ricardo Sobrinho, do Capa), nós fomos também procurar alguma coisa que nos satisfizesse. E chegamos no Paulo. E, com a mesma clareza que o Tite nos mostrou, nós mostramos ao Paulo. Estamos esperando uma posição de um treinador. Se ele disser sim, o que nós conversamos deixa de ter efeito. Se ele disser não, gostaríamos de saber de você se aceita ou não vir aqui trabalhar conosco. Foi assim – acrescentou.
– Futebol tu aprende todo dia. Eu sei que ele é um cara do trabalho, ele cita muito a família dele, uma família de muito trabalho. E eu estou louco para ver esse cara. Quando ele falou para mim: "Tu se incomoda de ver um maluquinho na beira do campo? Eu falei, porra, eu já fui um malucão, cara. Então, está bom demais". Cara, eu estou com um feeling muito bom, de que vai ser legal – declarou.
– Eu, na minha função, eu vou tentar ser, fazer, exatamente aquilo que eu gostaria de ter tido como treinador. Alguém que segura as bronquinhas, sabe, aqueles probleminhas bobos que chegam ao treinador diariamente e que tiram um pouco o foco. O foco é o cara se preocupar com treinamento, com escalação, com estratégia, com mental dos jogadores. E não ficar resolvendo esse tipo de probleminha. Tudo que aconteceu no futebol, ou que acontece, ou que venha a acontecer, eu já vivenciei. Então, é usar a minha experiência, porque eu não vou escalar time, eu não vou substituir jogador, nada disso. Vou estar sempre do lado – detalhou.
Fonte(s): Correio do Povo
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