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Ari Santos

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Conab projeta recuperação da produtividade na lavouras do Sul

Segundo a Conab, o desempenho das lavouras de milho e soja no Sul do Brasil deve apresentar melhora na safra 2022/2023
Conab projeta recuperação da produtividade na lavouras do Sul

O desempenho das lavouras de milho e soja no Sul do país deve apresentar melhora na safra 2022/23 quando comparado com o registrado no atual ciclo.

Na temporada passada, foram registradas altas temperaturas e estiagem durante o desenvolvimento das culturas de primeira safra e afetaram negativamente o desempenho das lavouras.

No entanto, para 2022/23 espera-se que as condições climáticas sejam mais favoráveis.

Soja

Nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a produção projetada para a soja no próximo ciclo é de aproximadamente 45,95 milhões de toneladas, um aumento de 96,3% em relação à colheita estimada em 2021/22, como mostra os dados estaduais da Perspectiva para a Agropecuária 2022/23, divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com as informações divulgadas, em caso de normalidade climática, a produtividade para a oleaginosa no estado gaúcho deve crescer 134,2%, passando de 1.433 quilos colhidos por hectare para 3.356 kg/ha.

Já os agricultores paranaenses tendem a registrar uma produtividade de 3.630 quilos por hectare na próxima temporada, frente a 2.161 kg/ha, elevação de 68%.

Aliado a uma melhora na produtividade, a área destinada para a cultura também deve ser acrescida em 2% no Paraná, podendo chegar a 5,78 milhões de hectares, e em 4,8% no Rio Grande do Sul, estimada em 6,66 milhões de hectares.

Caso essas projeções se confirmem, a produção da soja apenas nos estados da região Sul do país deve apresentar uma recuperação de 96,3%, contribuindo para a projeção de uma colheita de 150,36 milhões de toneladas do grão em todo o país.

Só para o Rio Grande do Sul é esperado volume próximo a 22,35 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 145,3%, enquanto que no Paraná a produção estimada é de aproximadamente 21 milhões de toneladas, 71,3% maior que a registrada neste ciclo.

Milho

A Conab também aponta para um bom desempenho para o milho primeira safra 2022/23 cultivado nas lavouras desta região. As estimativas mostram um aumento de 53,3% na produção dos três estados.

O maior crescimento tende a ser registrado nos campos do Rio Grande do Sul impulsionados pela melhora na produtividade em 99,2%, com os produtores podendo colher 7 mil quilos por hectare.

Com isso, é esperado um crescimento na produção da 1ª safra acima de 95%, sendo estimada uma colheita de 5,68 milhões de toneladas.

Já em Santa Catarina, a recuperação da produtividade do cereal chega a 37,5% e pode ficar em 8.342 quilos por hectare. Essa melhora é acompanhada pelo resultado projetado na produção, previsto para 2,95 milhões de toneladas na temporada 2022/23.

Cenário semelhante é esperado para o Paraná, no qual tanto a colheita da primeira safra como a produtividade devem crescer em 23,4%, com expectativa de atingir 8.517 quilos por hectares e 3,69 milhões de toneladas respectivamente.

“O principal fator de risco para que essas projeções não sejam alcançadas é a possibilidade de chuvas irregulares e mal distribuídas nas principais regiões produtoras no último trimestre do ano e no início do ano seguinte, fator que deverá ser monitorado semanalmente pela Conab nos próximos meses”, pondera a superintendente de informações da agropecuária, Candice Romero Santos.

Para a elaboração das estimativas de área e produtividade por Unidade da Federação, a Conab utilizou a análise das séries históricas, as informações trazidas de campo pelos Núcleos de Informações Agropecuárias (Nuinfs) e a utilização de modelos de 5 modelos de previsão, entre modelos de séries temporais e modelos de machine learning.

“Foram diversas reuniões entre as equipes para avaliação dos cenários trazidos pelos modelos estatísticos e de machine learning para que, a partir deles, fossem avaliados os cenários mais prováveis considerando os fundamentos de mercado e a dinâmica de produção de cada estado”, pondera o superintendente de Estudos de Mercado e Gestão da Oferta, Allan Silveira.

Fonte(s): Canal Rural

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