Agora

Ivanor Barros

17:00 - 19:00

Notícia

Decisão da Anvisa sobre uso do paraquat é adiada; entenda o que acontece agora

De acordo com a regra atual, a partir do dia 22 de setembro a aplicação e a venda do paraquat serão proibidas no país
Decisão da Anvisa sobre uso do paraquat é adiada; entenda o que acontece agora
 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)  adiou a tomada de decisão sobre estender a autorização de uso do paraquat. A diretoria colegiada da agência nacional de vigilância sanitária realizou na manhã desta terça, 18, uma reunião pública, por videoconferência, para discutir a alteração na data limite de utilização de produtos com ingrediente ativo paraquat no Brasil. O debate, no entanto, não chegou ao fim.

 

De acordo com a regra atual, a partir do dia 22 de setembro a aplicação e a venda do paraquat serão proibidas no país. Antes de deliberarem a respeito da prorrogação do uso do ingrediente no Brasil, os membros da diretoria colegiada da Anvisa assistiram às manifestações da Aprosoja e de força tarefa para reavaliação do paraquat, grupo formado por 12 entidades e empresas com interesses na manutenção do uso do produto. Ambos pediam a extensão do prazo afirmando que os estudos científicos encomendados a respeito da manipulação do defensivo estão em fase de finalização e sofreram atrasos com a pandemia.

De acordo com a resolução editada pela Anvisa em 2017 e que estabeleceu a proibição da venda e uso do paraquat a partir de 22 de setembro de 2020, essa restrição só poderá ser contornada caso surjam evidência científicas de que o composto não traz riscos à saúde das pessoas até mesmo em manipulações descuidadas do agroquímico.

O diretor-relator do tema, Romison Rodrigues, votou contra a prorrogação. Para rodrigues, não há interesse público que justifique e motive a mudança das normas atuais. Ele ressaltou que os prazos já foram estendidos antes.

 

A votação foi interrompida na sequência por conta de um pedido de vista, ou seja, de um tempo para melhor análise do assunto, solicitada pela diretora Meiruze Freitas. 

Opinião

Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, o paraquat é muito relevante para uma agricultura tropical como é a praticada no Brasil. Ele ressaltou, inclusive, que muitos parlamentares da bancada do agronegócio saíram em defesa o uso do paraquat, uma vez que não existem comprovações científicas para a suspensão do uso do composto no Brasil.

“Eu sou contra a proibição da utilização do paraquat. O que me leva a questionar é a origem disso, pois se fomos analisar, não tem nenhum sentido proibir, pois não há nenhuma evidência científica de que possa causar doenças. O fato de ele ter sido proibido em alguns países da Europa não quer dizer que devemos proibir aqui também”, disse o comentarista.

Para Daoud, a diferença é que no Brasil a agricultura é extensiva e não é feita uma aplicação manual e sem segurança como, eventualmente, pode ter ocorrido nesses outros países.

 

Errata: Ao contrário do que o Canal Rural informou, não é certo que os diretores voltem a analisar o tema próxima terça-feira, 25, pela manhã. Em Nota, a Anvisa esclareceu que o prazo para o pedido de vistas ser efetivado é de duas sessões ordinárias, e não apenas uma. O prazo, segundo o Regimento, pode ser ampliado, desde que fundamentado pelo diretor que solicitou as vistas. 

Fonte(s): Canal Rural

Comentários

Últimas notícias

Aconteceu
STF derruba tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas

Detalhes da decisão serão publicados após fim do julgamento ainda hoje

Aconteceu
Ministério da Saúde intensifica vigilância do vírus da Influenza

Foram identificados quatro casos do subclado K no Brasil

Aconteceu
STF mantém regras de isenção fiscal para agrotóxicos

Decisão foi tomada por 8 votos a 2