Amon Borges
O Inem (Instituto Nacional de Emergência Médica) de Portugal aproveitou a Copa do Mundo para divulgar seu importante serviço e algo que o atrapalha: as falsas emergências.
Para chamar a atenção do público, em suas redes sociais, usou a foto de Neymar com cara de dor no gramado acompanhado da frase: “75,8% das chamadas para o 112 também não são emergências”.
O camisa 10 da seleção brasileira tem sido criticado por cair muito e simular grandes contusões nas partidas do Mundial.
Imprensa internacional, adversários e grandes ex-jogadores têm reclamado do comportamento exagerado do jogador do Paris Saint-Germain. “Palhaço” e “ator” foram alguns dos adjetivos usados para classificar o atleta.
“É absolutamente patético. Ninguém duvida das suas habilidades, é um jogador magnífico. Ainda assim, é realmente patético quando começa a rolar como se estivesse em agonia. Por que ele acha que precisa fazer isso?”, questionou o ex-atacante inglês Alan Shearer, por exemplo.
“Irritante” foi a palavra usada pelo ex-goleiro dinamarquês Peter Schmeichel ao ver as simulações. “Parece que ele está morrendo. Eu pensei que eles iam colocar ele numa maca, levar para uma ambulância e então nós nunca mais o veríamos”, afirmou durante uma transmissão em uma emissora russa de televisão.
O argentino Maradona também fez seu comentário sobre Neymar após o pisão que levou em uma jogada fora de campo na vitória do Brasil sobre o México. A jogada foi com Miguel Layún, que não foi advertido pelo árbitro.
“Neymar tem que decidir: ou nos faz rir ou nos faz chorar. Quando o mexicano pisou no seu pé, nós choramos, mas ao vê-lo correr depois, é para rir. Como será esta história? Ou é [cartão] amarelo pela falta do mexicano ou para a simulação de Neymar.”
Mas o brasileiro se defendeu: “Isso é complicado, não é uma coisa que cabe a mim. Só sofro a dor. Tomei um pisão desleal, da minha parte acho que fora da jogada, fora do campo. Acho que não pode. Mas é isso, eles falaram demais antes da partida e foram embora para casa.”
Especialistas em artes cênicas ouvidos pelo “New York Times” deram seu parecer quando assistiram a vídeos do atacante. “Neymar faz o que todos os atores iniciantes costumam fazer. Exagera na interpretação”, afirmou Jim Calder, professor de arte dramática na Tisch School of the Arts, parte da Universidade de Nova York.
Fonte(s): Folha de SP
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