O salário de Paolo Guerrero é um mistério até para conselheiros colorados que tiveram acesso ao seu contrato, já que parte do documento, justamente a que continha a descrição dos valores, foi mantida em sigilo. Mas quase ninguém tem dúvidas de que o peruano “está se pagando”. Ou seja, por mais alto que seja o investimento, está sendo compensado com gols e, principalmente, com a volta da esperança. O centroavante, após 12 partidas com a camisa do Inter, soma oito gols marcados e é avalista de um time com chances reais de novas conquistas.
Mas nem sempre foi assim. Guerrero teve a contratação anunciada em agosto. Desembarcou com festa em Porto Alegre. Sua contratação deixou a torcida eufórica e encheu os dirigentes de otimismo, mas quando ele preparava-se para finalmente estrear pelo Inter, veio a renovação da suspensão, que o tirou dos campos por mais oito meses.
“O Guerrero já mostrou que é um jogador de nível técnico diferenciado. Mas não ganha nada sozinho. Ele é mais um jogador de qualidade dentro de um grupo de qualidade”, afirmou o vice de futebol, Roberto Melo, após a vitória sobre o Paysandu, quarta-feira, quando o peruano marcou pela primeira vez fora do Beira-Rio.
Durante o período em que esteve afastado, Guerrero ficou depressivo, mas, segundo entrevista recente, jamais pensou em encerrar a carreira. Refugiou-se em Lima e buscou apoio da família. Em Porto Alegre, a sua contratação, antes festejada, foi contestada. Conselheiros chegaram a pedir explicações sobre o negócio que o trouxe para o Inter com contrato de três anos − congelado durante a suspensão.
“O Guerrero entrou no momento certo e na hora certa no nosso time. O Inter era o lugar perfeito para ele vir e ele está bem. Vai dar muito retorno para o time”, continua Melo. É justamente a sua efetividade em campo que o tirará do Inter por um tempo. Ontem, o camisa 9 teve a convocação para a Copa América confirmada. Ele viaja ao Peru na segunda-feira, após Inter x Avaí, no Beira-Rio.
Fonte(s): Correio do Povo
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