Agora

Ivanor Barros

17:00 - 19:00

Notícia

Mercado de produtos biológicos cresce 77% em um ano no Brasil

Expansão dessa categoria de defensivos no país foi tema do programa Direto ao Ponto deste domingo, 8, que também debateu o uso racional de p
Mercado de produtos biológicos cresce 77% em um ano no Brasil
 

A produção de biodefensivos para controle de pragas e doenças na lavoura é uma realidade no país, apesar de quase 50% dos agricultores brasileiros ainda desconhecerem esse tipo de produto. O uso dos defensivos biológicos na agricultura brasileira e como a utilização racional de pesticidas químicos foram os temas debatidos durante o programa Direto ao Ponto deste domingo, 8, pela diretora-executiva de Defensivos Biológicos da CropLife Brasil, Amália Borsari, e o deputado federal Zé Silva (Solidariedade-MG).

 

Pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio) realizada entre 2017 e 2018 mostrou que 39% dos produtores rurais no Brasil já utilizam este tipo de manejo em alguma área de plantio. Dos que já adotaram os produtos biológicos em suas lavouras, a maioria considera o controle biológico eficiente e seguro. No entanto, ainda existe pouca informação disseminada sobre os produtos biológicos em território nacional, pontua Amália Borsari.

“Constatamos que 43% dos produtores brasileiros nunca ouviram falar o que é um biodefensivo, um biológico para controle de pragas. Ainda falta informação para o agricultor poder trabalhar com essa tecnologia”, afirmou.

Nessa linha, a dirigente da Croplife Brasil destaca que é necessário quebrar uma questão cultural entre os agricultores que estão mais habituados a combater pragas a partir do uso de pesticidas químicos. Segundo ela, esse é um dos desafios da Croplife, que é resultado da união de várias entidades ligadas ao agro com a finalidade de fomentar a inovação e o uso de novas tecnologias nas lavouras brasileiras.

 

“Já montamos uma equipe, uma diretoria, e por meio de ações de educação vamos trabalhar com agricultura digital e monitoramento para promovermos as boas práticas agrícolas”, informou.

Já o deputado Zé Silva lembrou que o Brasil criou, ainda na década de 1940, uma rede de assistência técnica que durante a década de 1990 perdeu força e deixou o país atualmente muito carente de extensão rural. “É preciso investir na Embrapa, nas empresas estaduais de pesquisa, só assim o conhecimento vai poder chegar aos produtores rurais”, opinou.

Mercado em expansão

Outro ponto levantado pela diretora executiva da CropLife é o crescimento do mercado de biológicos no Brasil. A produção de biodefensivos para controle de pragas e doenças agrícolas cresceu 77% no último ano no país, de acordo com informações da ABCBio. Segundo Amália Borsari, o aumento no mercado brasileiro desse tipo de manejo acontece pela tecnologia e segurança que existem no processo. “O biológico passa por todos os requisitos regulatórios, depois de vários testes é que o produto é liberado. Então o biológico é seguro”.

Ela explica que o Brasil tem uma peculiaridade em relação a outros países, por conta do clima tropical, e que isso dificulta a rápida disseminação dos produtos biológicos, mas garantiu que o país tem condições de vencer com excelência o desafio de desenvolver um modelo de controle biológico específico para região. “O Brasil é modelo na tropicalização dessas tecnologias, porque o controle de biológico é muito utilizado aqui”, disse.

 

Uso racional

Em outra frente, os convidados também debateram o uso racional de pesticidas químicos. Essa é uma das bandeiras defendidas pelo deputado Zé Silva. “Nenhum produtor rural quer usar pesticida, eu defendo o uso quando necessário, com segurança, com mais sustentabilidade”, afirmou. O parlamentar, que é engenheiro agrônomo e extensionista, esclarece a principal diferença entre o pesticida químico e o biológico. “A diferença é que com o biológico eu consigo manter muito mais o ciclo da vida, o bem da natureza”, disse.

No Congresso Nacional, Zé Silva, que é integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), apresentou um manifesto pela redução do uso de pesticidas no Brasil. No documento, o deputado destacou a importância de medidas na legislação brasileira em consonância com políticas públicas efetivas.

Os convidados também debateram projetos de lei que tramitam no Congresso e têm como objetivo controlar a produção, comercialização e prescrição de uso agrícola de pesticidas. Um deles é o PL 5.583/2019 de autoria do próprio Zé Silva, que propõe implantar o plataforma de receituário agronômico para possibilitar o monitoramento do uso de pesticidas com quantidade, local e tipo de produto. O projeto tramita na Câmara dos Deputados.

Fonte(s): Canal Rural

Comentários

Últimas notícias

11 Mar
Ciência, Tecnologia e Saúde
MEC lança programa para ampliar acesso de estudantes ao ensino técnico

Jovens em situação de vulnerabilidade terão auxílio de R$ 200 por mês

11 Mar
Ciência, Tecnologia e Saúde
Fazenda lança plataforma para saque de antigo Fundo PIS/Pasep

Há cerca de R$ 26 bilhões esquecidos pelos trabalhadores

11 Mar
Ciência, Tecnologia e Saúde
Percentual de famílias com dívidas em atraso cai em fevereiro, diz CNC

Consumidores estão buscando crédito em condições melhores

Esse site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar o acesso, você concorda com nossa Política de Privacidade. Para mais informações clique aqui.