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Odair diz que respeita vaias do torcedor, mas garante que não vai mudar convicções

Treinador vê resquícios da derrota na final da Copa do Brasil nas críticas e defende substituições
Odair diz que respeita vaias do torcedor, mas garante que não vai mudar convicções

Depois do empate em 1 a 1 contra o Palmeiras, no Beira-Rio o técnico Odair Hellmann deixou a casamata diretamente para o vestiários, sob vaias e xingamentos de torcedores. Em entrevista coletiva, ele afirmou que é um “profissional que respeita o torcedor e a sua manifestação”, e disse que os gritos não o incomodam, ainda que possam gerar pressão sobre alguns jogadores. “Preciso estar concentrado, preparado e ter convicção do que estou fazendo. Não faço as coisas por acaso, mas se a torcida se achar no direito de vaiar, que ela faça sua manifestação. Vou continuar com minhas convicções. Se eu pudesse pedir (para parar), claro que não gosto”, explanou. 

Ele vê resquícios da derrota para o Athletico-PR na Copa do Brasil nas críticas sofridas. “A gente não trabalha para isso, não vai todos os dias treinar para ser vaiado. Acredito que as vaias e tristeza sejam muito mais pela perda (do título) e pela derrota no jogo anterior (contra o Flamengo)”, ponderou, considerando que “perder a Copa do Brasil é horrível, gera frustração, um ambiente de menos paciência”, mas o time precisa se blindar ao clima externo para seguir em frente. 

“Tudo está dentro desse ambiente recente. O País tem uma cultura do herói e do bandido, que tem que ter um herói no domingo e um vilão na quarta de noite. Nesses 1 ano e 10 meses de Inter, não posso cair nisso, tenho conseguido muito mais situações boas do que ruins. Você precisa respeitar o torcedor. Ele queria o segundo gol, nós também”, disse, completando que não tolera brigas, agressões, invasões ao CT e aeroportos, pois representam danos civis, que saem da esfera do futebol.

O treinador também explicou por que saiu da casamata e se dirigiu diretamente para o vestiário, sem entrar em campo para cumprimentar os jogadores, como de costume. "Se formos observar o jogo com clareza, de forma linear, fizemos um grande primeiro tempo, poderíamos ter matado com as oportunidades que criamos. Eu visualizava uma vitória e acho que merecíamos. Vim rápido para o vestiário esfriar a cabeça e seguir em frente", explicou.

Odair defende substituições

Ao fazer a primeira substituição na partida desta tarde, Wellington Silva no lugar de Nonato, as primeiras vaias surgiram. Elas se intensificaram quando Pedro Lucas e Klaus entraram em jogo. O técnico defendeu todas suas modificações: “Nonato não saiu porque estava mal, mas estávamos perdendo intensidade. Ele precisa evoluir em algumas situações, como em construir o passe mais ofensivo. A ideia era trazer o Patrick para dentro, diminuir os dois volantes do adversário. Nonato é o que menos tem a valência de força e potência. Então botei um jogador de velocidade para fazer transição, driblar, tentar passar esse momento em que o Palmeiras tinha mais imposição”, explicou.

Sobre a entrada de Pedro Lucas, comentou que buscava um homem de referência para o ataque. “Conseguíamos chegar bastante, mas elos lados, sem triangulação curta por dentro. Na maioria do que criamos, na minha visão e da comissão, faltou um pouco, tínhamos a necessidade de um centroavante. Sobis fez um bom jogo, mas em algum momento era ele que estava fazendo o passe para dentro. E o Nico, por característica, não entra na área. Precisávamos de alguém para participar pelo pivô mas também estar na área”, avaliou.

Quanto a Klaus, informou que ideia inicial era colocar Neilton para dar mais velocidade e “abrir variação tática para tentar com um jogador a mais”. Contudo, o zagueiro Bruno Fuchs sentiu cãimbras, o que o fez mudar o planejamento. Para Odair, o caso do zagueiro tem reflexos da falta de ritmo em campo. “Só treinar é diferente, o jogo tem um componente emocional. É certo que ele o Heitor, por serem jovens vão terminar 90 minutos com muita facilidade, estão voando, num contexto normal, mas viemos numa cadeia de desgaste”, afirmou, citando a derrota para o Flamengo, quando o Colorado terminou com dois jogadores a menos.

“Sentimos muito o jogo do Rio de Janeiro. O Heitor fez uma baita partida, mas sentiu o ritmo no final, assim como o Fuchs. Somando Edenilson e Patrick que ficaram quase 90 minutos no oito contra dez no Maracanã, isso tudo é uma somatória com a qualidade e a imposição do Palmeiras”, analisou.

Fonte(s): Correio do Povo

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