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Julio Cezar Leonardi

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Brasil não despertou para potencial das abelhas no aumento da produtividade agrícola

A tese, do biólogo e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Charles dos Santos
Brasil não despertou para potencial das abelhas no aumento da produtividade agrícola

O Brasil não está tirando proveito do grande potencial das abelhas na polinização agrícola. Sem as abelhas, culturas como a da soja perdem produtividade e qualidade. A tese, do biólogo e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Charles dos Santos, foi debatida durante o primeiro dia do 22º Seminário Estadual de Apicultura, que se realiza de 12 a 14 de julho, em Panambi, no Noroeste do Estado.

"Quando a abelha está presente, a produção de soja pode aumentar cerca de 20%", disse Santos. ""O Brasil ganharia muito mais, não só em termos de peso de saca, mas em termos de qualidade, já que a flor, a semente ou fruto que foi polinizado por abelhas são esteticamente mais bonitos e nutricionalmente melhores e isso agrega valor de mercado", completou o pesquisador da PUC/RS.

No Brasil, há mais de 240 espécies de abelhas nativas sem ferrão. Dez por cento, ou seja, 24 espécies, estão no Rio Grande do Sul. Todo esse potencial estaria à disposição dos agricultores. "Os agricultores se beneficiariam se pensassem em métodos que pudessem incorporar as abelhas dentro do campo agrícola", concluiu Santos. 

O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Paulo Conrad, lembrou do papel fundamental das abelhas na polinização de 90% das flores da macieira, 48% das flores do pessegueiro e 5% das flores da soja. Dentre as espécies de abelhas sem ferrão que vivem no Rio Grande do Sul, ele mencionou a Jataí, Mirim, Mandaçaia, Manduri, Irapuã, Tubuna e Iratim. "Sem abelha, sem alimento", disse Conrad.

Meliponicultura

Sobre o potencial das abelhas nativas sem ferrão na produção de mel (meliponicultura), o presidente da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), José Soares Aragão Brito, explicou que é do interesse da Confederação tornar essa atividade mais visível no país. 

"Está dentro do nosso contexto de trabalho trazer esta atividade (meliponicultura) para dar uma visibilidade e conhecimento ao Brasil sobre estas abelhas nativas, únicas e exclusivas do Brasil", disse Brito. 

Fonte(s): Emater/Ascar-RS

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