Etanol: entenda o tamanho do impacto do coronavírus e petróleo em baixa

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Etanol: entenda o tamanho do impacto do coronavírus e petróleo em baixa

Relatório especial da consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio mostra os possíveis desdobramentos desta crise para as usinas e produto

Redação

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Etanol: entenda o tamanho do impacto do coronavírus e petróleo em baixa

Com a baixa histórica no preço do petróleo, os combustíveis fósseis ficaram mais baratos. De acordo com a Cogo – Inteligência em Agronegócio, a gasolina já atingiu o menor valor da história no mercado internacional. Isso faz com que o etanol perca completividade e, consequentemente, registre preços em queda.

Nos últimos 30 dias, o preço do etanol hidratado FOB, usina em São Paulo, acumula forte baixa de 31,9%, cotado a R$ 1,45 por litro, enquanto o anidro, na mesma base de comparação, acumula retração de 28,3%, cotado a R$ 1,63 por litro.

A consultoria destaca que apesar de o combustível estar mais barato, as vendas estão em forte queda, com a fraca demanda por conta das medidas de isolamento social tomadas em meio à pandemia de coronavírus. “Além disso, a ANP [Agência Nacional do Petróleo] autorizou as distribuidoras de combustíveis a reduzirem aquisições de anidro, sem risco de punição, diante da queda de demanda por gasolina no Brasil”, diz. Em março, a queda de vendas no Centro-Sul chegou a 20%.

Situação das usinas

A perspectiva é de maior oferta de cana-de-açúcar, com pelo menos 55% de etanol no mix. Segundo a consultoria Cogo, boa parte das usinas conseguem maximizar a produção de açúcar em detrimento do etanol, mas “20% da oferta de etanol é produzida por usinas que não comercializam açúcar e que possuem dificuldades logísticas para exportação”, caso das que ficam no Centro-Oeste.

O setor sucroenergético pleiteia junto ao governo federal formas de garantir o funcionamento das usinas: uma das opções abrange a questão tributária, com desoneração do Pis/Cofins sobre o etanol hidratado e elevação da carga tributária da gasolina (Cide), para aumentar a competitividade do biocombustível, o que, no primeiro momento, não mudaria os preços para o consumidor.

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Fonte(s): Canal Rural