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Milton Vieira

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Inflação pesa mais no bolso de pessoas acima dos 60 anos

Saúde e energia são as vilãs. Em 12 meses, índice que mede o custo de vida da 3ª idade acumula alta de 5,14%, maior do que para o
Inflação pesa mais no bolso de pessoas acima dos 60 anos

A enfermeira Maria Tereza Ambrosio Rossi, de 70 anos, sente no bolso a aceleração da inflação, em especial os gastos com a saúde.

“Eu pago R$ 1.580 todos os meses para ter um convênio médico porque infelizmente não podemos depender da saúde pública”, diz. Maria Tereza também faz uso de um medicamento específico para o tratamento de uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). “Há 4 anos, quando comecei a usar esse remédio, pagava R$ 160 por uma caixa, agora gasto mais de R$ 213”.

Assim como Maria Tereza, pessoas acima de 60 anos sentem o impacto da inflação no dia a dia. O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias compostas por pessoas com mais de 60 anos, registrou no 2º trimestre a variação foi de 2,3%.

Quem tem direito a se aposentar por idade pelo INSS?

Em 12 meses, o IPC-3i acumula alta de 5,14%. Com o resultado, a variação do indicador ficou acima da taxa acumulada pelo IPC-BR, que mede a inflação do restante da população, foi de 4,43%.

Por que inflação e juros baixos não são sinais de melhora da economia?

 

“O gasto das pessoas acima de 60 anos é maior principalmente com a saúde. O aumento dos planos e convênios médicos são muito maiores, proporcionalmente, para essa faixa da população”, explica o economista e professor da Saint Paul Carlos Honorato. “Também é preciso levar em conta o consumo de remédios, que no geral é mais alto”.

No segundo trimestre deste ano, seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas. A principal contribuição partiu do grupo Habitação, que passou de alta de 0,07% no primeiro trimestre para aumento de 3,08% no segundo trimestre. O item que mais influenciou o avanço foi a tarifa de eletricidade residencial, que variou 13,97% no segundo trimestre, ante uma queda de 2,05% no trimestre anterior.

Também tiveram acréscimos na alimentação (de 1,41% para 2,50%), saúde e cuidados pessoais (de 1,59% para 2,55%), transportes (de 1,61% para 2,39%), vestuário (de -0,02% para 1,05%) e comunicação (de -0,13% para 0,09%).

Inflação baixa não significa preços em queda

A eletricidade impactou não apenas os idosos. “Depois da reeleição de Dilma Rousseff, a partir de 2014, tivemos quase 70% de aumento na conta de luz e desse custo não temos como fugir. O impacto acaba sendo maior para pessoas acima de 60 anos porque muitas saem menos de casa ou usam equipamentos para a saúde”.

Fonte(s): R7

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