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Jota Batista

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Medeiros vê crise da Covid-19 como tempo mais difícil no comando do Inter

Presidente promoveu resgate colorado desde a Série B até a volta à Libertadores
Medeiros vê crise da Covid-19 como tempo mais difícil no comando do Inter

Liderar um clube do tamanho do Inter jamais foi tarefa fácil. Porém, o fardo está pesado demais nas últimas semanas. Tão pesado que fez Marcelo Medeiros, que está longe de ser um novato na função, vergar. A amigos e pessoas próximas, ele admite que o tempo atual tem sido o mais difícil de sua trajetória como presidente. O baque mais forte veio com a demissão de 44 funcionários do clube, anunciada há duas semanas.

“Ele conhecia muitos dos demitidos pessoalmente. Demitir sempre é uma decisão muito difícil, sobretudo para uma pessoa como o Marcelo. Pesou. Aquele foi o pior momento, pior até que o dia em que o Inter perdeu a final da Copa do Brasil (2019)”, observa um amigo pessoal de Medeiros, que também ocupa um posto na direção colorada.

 

Marcelo Medeiros é neto, filho e sobrinho de ex-presidentes do Inter. Mas calhou ao mais jovem da linhagem de colorados ilustres assumir o clube em seu momento mais difícil. Tomou posse no cargo com o Inter na Série B, afundando em sua maior crise financeira e administrativa, com seus antecessores sendo investigados pelo Ministério Público.

Conseguiu recuperar o Inter em quase todos os sentidos, embora ainda não tenha, após três anos, conseguido conquistar um título para coroar a boa gestão em outras áreas. "Conquista de um título é reflexo de um trabalho. E a cobrança não é pequena. É muito grande e não é só por título. É por trabalho, por vitórias. Mas quem se habilita a vir para o futebol precisa estar preparado para as cobranças", disse o presidente, instantes depois da derrota para o Athletico Paranaense, na final da Copa do Brasil, em pleno Beira-Rio.

Aquele trauma foi grande, mas não tanto quanto a sequência de fatos vividos em 2020. Inicialmente, foi a própria doença. Medeiros foi um dos primeiros gaúchos a ser infectado pelo coronavírus. Depois, após maratona de reuniões e estudos, chegou-se à conclusão de que o Inter terá uma queda de 100 milhões nas receitas devido à paralisação do futebol. Ou seja, o trabalho de reorganização financeira empreendido nos últimos três anos está sendo perdido.

O otimismo segue, mas as dificuldades impostas pela pandemia são imensas. Tanto que fizeram Medeiros tropeçar nas palavras e, em entrevista à Rádio Guaíba no início de maio, dar uma das declarações mais polêmicas de seu tempo à frente do clube. Ele disse que “jogador que não quiser jogar, pode pedir demissão”. Em seguida, o clube soltou uma nota oficial dizendo que a declaração do presidente havia sido mal interpretada. Mas já era tarde, o constrangimento estava criado.

Em seguida, o clube optou por fazer as demissões. A medida, que faz parte da fórmula encontrada para superar a crise financeira, foi amplamente criticada pela torcida, principalmente porque os jogadores, que ganham salários imensamente maiores, não haviam aberto mão dos seus valores – o que viria a mudar, já que, após pedido do próprio grupo de atletas nessa semana, o Inter rebaixou os salários em 25% em troca de não fazer mais dispensas.

Último ano de Medeiros como presidente do Inter, 2020 começou com boas perspectivas, mas parece estar se enterrando na pandemia. Agora, o presidente, que assumiu em janeiro de 2017 um clube desorganizado, falido e destinado a disputar a Série B, conseguiu recuperá-lo em quase todos os sentidos, mas enxerga muito viva a possibilidade de encerrar a gestão sem ter conquistado nenhum título. Nem de Gauchão.

Fonte(s): Correio do Povo

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